Após uma parada estratégica, a Newsletter está de volta - e a partir de agora, mensal. Sem muito salamaleque, peço licença para ir direto ao assunto, porque a conversa dessa vez é musical e com direito a polêmica: MPB, diga lá o que é, meu irmão!
Tem também crítica de série e a programação dos próximos eventos na sede da ACASO CULTURAL. Você confere ainda o projeto de financiamento coletivo do livro Necrológio, de Pedro Sasse, nosso coordenador da área de livros.
É bom estar de volta. E vamos ver se juntos a gente não chega onde quiser.
Boa leitura!
Alexis Parrott - Editor e redator ✅
Sentidos (e desafinos) da MPB
Para tirar a MPB da gaveta dos gêneros e estilos musicais
Em agosto de 2023, quando completou 80 anos, em entrevista à Folha, Edu Lobo lançou a provocação: “o que é MPB? É um partido político? Eu tenho horror a esses termos.”
Termo, sigla, abreviatura, cifra, emblema... MPB é isso tudo mesmo, mas a junção dessas três consoantes carrega um mundo de significados. Oscilando entre o terreno do consagrado e a detração, de tão corriqueira, é daquelas palavras cristalizadas no imaginário nacional: “fulano toca MPB”... “detesto MPB”... “saiu mais uma coletânea de MPB”... e por aí vai. Mas dou um doce para quem responder de primeira à questão colocada pelo compositor de Ponteio e Arrastão: o que é MPB?
Em 1977, muito antes de se tornar imortal, o mago Paulo Coelho se uniu a Rita Lee para perguntar o que estava acontecendo com a Música Popular Brasileira. Juntos, fizeram a divertida canção Arrombou a festa, com direito a continuação dois anos depois. Para a dupla, sob o guarda-chuva do acrônimo MPB, cabia de tudo: da Jovem Guarda de Roberto ao samba de Martinho da Vila e ao rock de Raul Seixas, em paralelo com Gil, Caetano, Genival Lacerda, tico-tico-no-fubá e farofa-fá. Seria mesmo a MPB essa massaroca de gêneros, ritmos e estilos? Um ímã genérico em torno do qual gravita toda música feita no Brasil?
Em oposição a esse entendimento, houve até briga contra a infiltração da guitarra elétrica na música brasileira, com direito a passeata no centro de São Paulo puxada por Elis Regina, em julho de 1967. Gilberto Gil até participou, mas acabou concordando com Caetano Veloso e Nara Leão, contrários ao movimento desde a primeira hora. Naquele mesmo ano, o instrumento foi injetado no seio do nascente Tropicalismo com os arranjos do maestro Rogério Duprat para as canções Domingo no parque e Alegria, alegria, concorrentes do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Dessa batalha pode-se pescar a primeira pista para entender o caráter político das discussões em torno da MPB, considerando seu papel na questão da identidade nacional.
Capa do álbum Tropicália (1968), com a guitarra elétrica já devidamente incorporada, nas mãos de Sérgio Dias, dos Mutantes (Reprodução)
Para o pesquisador, crítico musical e professor da Escola de Belas Artes da UFRJ, Paulo da Costa e Silva, o desconforto de Edu Lobo e a comparação com um partido são compreensíveis, porque na época do surgimento da sigla, nos anos 1960, a música popular encenava o campo da disputa política e fazia sentido vê-la como um posicionamento ideológico face a outras tendências da cultura brasileira de então. Embora nascida no meio intelectual-universitário, houve com o tempo uma apropriação operada pelo mercado e o que antes era ideologia virou rótulo. Encabeçadas pelo Spotify, são as playlists de plataformas digitais que saem hoje na frente como instância definidora do que é MPB, porém, é possível traçar uma linha referencial que jogue alguma luz sobre os elementos que passam pelo filtro da sigla.
MPB são as músicas feitas no Brasil que não são prontamente associadas aos gêneros tradicionais ou mais estabelecidos. Por exemplo, tudo aquilo que não é samba, não é forró, não é pagode romântico, não é funk, tudo isso que fica meio indefinível pelos rótulos mercadológicos ou mesmo de estilo. Tem essa camada intelectual, mais culta, e dialoga com a mentalidade de uma certa classe média urbana. [...] É uma sigla difícil de definir. Como se fosse um conceito aberto do Wittgenstein, que ninguém sabe definir ao certo, mas todo mundo entende mais ou menos o que é. Mas, o próprio fato de ainda ser mencionada e utilizada, prova uma certa utilidade da sigla, por mais genérica que seja.
A MPB ficou bastante marcada pelo formato também, por certos instrumentos, voz e violão... Em um show de MPB você tem expectativas inclusive timbrísticas, diferente de um show de rock. Você tem expectativas em relação à atitude das pessoas diante da música, um público mais atento à letra, menos interativo fisicamente. Sobretudo, ficou marcada a coisa da ‘voz e violão’, do cara que ‘toca em barzinho’. E no meio disso tudo, vai se fazendo contrabandos de sambas, baiões… mas não tem problema. Parece que esse pacote é a MPB.
Paulo da Costa e Silva
Ainda segundo Silva, pelo tempo em que a sigla já circula, pode-se falar em uma tradição. Há uma espécie de linhagem, tanto que existem os filhos da MPB e outras denominações, como Nova e Novíssima MPB, saídas dessa tradição - que deve continuar, mesmo sem a centralidade de outrora. “Isso não representa um problema da MPB, a própria música perdeu esse lugar central em que visões se encontram, se simbolizam e competem entre si. A sociedade está muito mais fragmentada e individualizada, sem saber muito para onde vai, sem um projeto. A beleza dessa tradição da MPB é recuperar, de certa forma, marcadores que sinalizavam para uma ideia de nação e de país”, arremata o pesquisador.
MPB ao redor do mundo?
O músico niteroisense Fred Martins tem circulado por inúmeros estilos ao longo da carreira: samba, jazz, rock, blues e até o flamenco. Vivendo na Europa desde 2010 e hoje radicado em Lisboa, gravou recentemente o álbum Na volta da maré, com fados de sua autoria em projeto da cantora Joana Amendoeira, representante da nova geração de fadistas portugueses.
Depois desses anos todos fora do Brasil e viajando pelo mundo, Martins percebeu que a referência da música brasileira no estrangeiro ainda é a bossa nova, “essa música doce, poética e a imagem do Brasil como um paraíso natural, com pessoas alegres vivendo uma vida mais tranquila - mais ou menos o que nós sonhávamos nos anos 1950. Mas a realidade social se brutalizou tanto que esse lado popular da alegria e da comunicação entre as diferenças foi se perdendo.”
O músico defende que conceitos ligados ao que é “popular” diferem de região para região e a sigla MPB é desconhecida fora daqui. Nos Estados Unidos, popular é Gershwin e Cole Porter, e para os europeus a música popular é o folk, música folclórica tradicional; algo muito diferente do que se estabeleceu nas Américas e mais distinto ainda do contexto brasileiro.
O termo MPB é algo nosso, muito específico da nossa história e não viaja. Na Europa, o Chico Buarque é bossa nova, o Caetano é bossa nova, Gilberto Gil… Todo mundo que toca violão desse jeito mais sofisticado, com essas harmonias, cantando docemente, tipo João Gilberto, é bossa nova.
Mural em São Paulo homenageando João Gilberto, do artista gráfico Speto. (www.arteforadomuseu.com.br)
MPB é um nome de mercado, de prateleira. Não que ‘bossa nova’ não fosse também, mas eu acho um termo mais feliz. Tem tudo a ver com o jeito de tocar, sintético. E a palavra bossa já estava na letra do Noel (o samba, a prontidão e outras bossas/são nossas coisas/são coisas nossas). Ou seja, já está na linguagem do samba.
Fred Martins
MPB, M-Pop do B e outras bossas
A confusão de colocar a MPB na gaveta dos gêneros ou dos estilos musicais é recorrente. A declaração da cantora Marina Sena sobre o palco paulistano do Primavera Sound, em 2023, reacendeu uma antiga discussão: “A Marina da MPB vai voltar, gente. Mas eu faço MPB, tá? É pop, mas é MPB. Odeio quando o povo fala que eu saí da MPB.” Dias depois, o crítico musical Mauro Ferreira usou sua coluna para refutar a fala da artista. Para o jornalista, “a rigor, MPB nunca foi um gênero musical, pois o repertório da MPB engloba canções, sambas, toadas, baiões e outros ritmos. [...] Atualmente, a MPB representa nicho no mercado da música brasileira.” Admite, porém, que há essa percepção da sigla como gênero e faz uma ressalva, mesmo sem concordar com a maneira com que a cantora mineira se autodefiniu.
Em cena desde 2014, Marina já surgiu em universo pop do qual a MPB é somente uma (excelente) referência. [...] na prática, a ‘Marina da MPB’ não poderá voltar porque, a rigor, nunca existiu. Cantora de MPB – se a sigla continuar a ser percebida como um gênero... – é Mônica Salmaso, intérprete que vem sendo admitida no seleto clube dessa sempre majestosa, mas cada vez mais anacrônica, MPB.
Mauro Ferreira, no G1
Voltando um pouco no tempo, a própria Salmaso causou alvoroço quando, entrevistada pel’O Globo, em 2014, afirmou que a MPB estava pobre e feia. Aprofundando a questão e rebatendo a fala da cantora, a revista piauí publicou à época um artigo do nosso entrevistado, Paulo da Costa e Silva, em que o pesquisador já desenvolvia a ideia de tradições dentro da música popular e do “esgarçamento” do termo MPB, uma vez constatado o equívoco de usá-lo como índice totalizante. A MPB, enfim, não é um gênero, mas aquele “pacote” de atitudes, expectativas e contrabandos musicais; político na origem mas redesenhado pelo mercado como produto.
Só para botar mais lenha na fogueira, não custa lembrar uma entrevista de Caetano ao portal Terra, em 2011. Questionado sobre uma suposta disputa de popularidade entre a MPB e o sertanejo universitário, o baiano declarou: “Eu não posso entender por que o Luan Santana não é MPB, porque a Daniela Mercury não é MPB. Se isso não é música popular brasileira, então o que é música popular brasileira? […] O que a Mart'nália é? É samba, MPB, ou as duas coisas? Ou a MPB não será mesmo como diz a [rádio de Nilópolis, hoje extinta] MPB FM: ‘tudo’?”
Para responder na lata à pergunta de Edu Lobo, talvez seja isso mesmo: a MPB virou um slogan. (AP)✅
Enquanto isso… no Estúdio C da TV Cultura
Antônio Abujamra no cenário do programa Provocações, que apresentou entre 2000 e 2015 (Divulgação/TV Cultura)
“Caminhando no incerto e idolatrando a dúvida”. Há 24 anos era gravado o primeiro Provocações. Conduzido pelo ator e diretor Antônio Abujamra e criado a 4 mãos por ele e Gregorio Bacic, o programa trazia semanalmente um convidado, cuja entrevista era entremeada por depoimentos colhidos nas ruas de São Paulo sobre questões existenciais, além de textos declamados pelo apresentador em clima de tète-à-tète com o telespectador.
Ao final de cada conversa, Abu se levantava e abria os braços para o entrevistado, dizendo que ali a única coisa falsa era o abraço. Recusado previamente por Band e SBT, o programa teve vida longa na emissora público-estatal paulista, permanecendo no ar durante 15 anos, até a morte do apresentador, em 2015. Em 2019, retornou à grade do canal, com o novo nome Provoca e encabeçado por um Marcelo Tas distante do predecessor ou mesmo do Ernesto Varela, repórter intrépido e personagem emblemático criado por ele nos anos 1980. Em 2021, o Estúdio C foi rebatizado de Estúdio Antônio Abujamra, em justa homenagem. (AP)✅
A sede da Acaso Cultural fica em Botafogo, no Rio de Janeiro, em um casarão restaurado do início do século XX. Em breve, contará ainda com um anexo especialmente projetado para receber eventos variados – música, teatro, palestras, simpósios, congressos. É um espaço multiartístico completo, com hall de exposições, salas de aula, espaços para coworking, um ponto de venda de livros, revistas, discos, CDs, e outros objetos de arte e cultura relacionados ao acaso.
Venha nos conhecer, estamos na Rua Vicente de Sousa 16, Botafogo, Rio
Crítica - Série
Detentor de 7 estrelas Michelin, o chef Thomas Keller em participação especial na série The bear, ao lado do ator Jeremy Allen White (Divulgação)
The bear - terceira temporada
O conceito de manipulação do tempo ao contar uma história permanece, mas agora explorado em outras possibilidades.
Venho expressando certa má vontade com a série fenômeno The bear desde a estreia, em 2022. Tudo ali parecia muito próximo do tríptico britânico Boiling point – primeiro curta-metragem, depois longa (filmados sem cortes em um único plano) e, a partir do ano passado, série com uma temporada exibida pela BBC, ainda inédita no Brasil. Os bastidores caóticos de uma cozinha liderada por um chef desequilibrado e prestes a explodir servem de ponto de partida para estes dramas conduzidos de um lado e do outro do Atlântico.
Como The bear está longe de ser um remake, a sensação de plágio pairava no ar. Um episódio da primeira temporada, gravado inteiramente sem cortes, soou como provocação e serviu para reafirmar as suspeitas. Questionados sobre o assunto, os responsáveis por Boiling point têm sido elegantes, evitando a polêmica e dizendo que a série estadunidense não vai tão fundo nas discussões – no que têm razão. Ou tinham, porque a estreia da terceira temporada de The bear conseguiu zerar o jogo.
O conceito de manipulação do tempo ao contar uma história permanece, mas agora explorado em outras possibilidades. Se um episódio inteiro é um flashback, não é mesmo necessário iniciá-lo com um letreiro dizendo há quantos anos atrás aqueles fatos ocorreram. Aos poucos, o próprio desenrolar dos acontecimentos estabelece isso. Quando percebemos, é impossível não sentir um gosto de maravilhamento e surpresa – como na hora em que se morde um ingrediente secreto, escondido no recheio de uma iguaria bem estruturada.
Retomando a narrativa do ponto exato em que havia parado, após a inauguração do restaurante de Carmy (Jeremy Allen White), ao invés de seguir em frente, a trama volta atrás e dá um panorama dos anos de formação do protagonista, desde que deixou Chicago para estagiar em Nova York com o chef Daniel Boulud (em participação especial, interpretando a si mesmo e ensinando que tomilho é o único tempero que um peixe pede) e com a chef ficcional Andrea Taylor (a sempre maravilhosa Olivia Colman); depois, a bela lição dada por outro nome das cozinhas estreladas, Thomas Keller, sobre o verdadeiro significado de ser um cozinheiro, enquanto prepara um frango para ir ao forno; ou a passagem por Copenhagen, para absorver o método de trabalho de René Redzepi, do celebrado restaurante Noma.
Memorial, o mosaico não faz com que a narrativa avance, mas aprofunda o desenho dramático de Carmy, seu caráter e motivações. A exemplo do primeiro episódio, pouca (ou quase nenhuma) coisa irá acontecer ou se resolver ao longo da temporada, mas a escolha de pausar o andamento da trama para trabalhar a carpintaria dos personagens funciona como um parênteses, uma suspensão, e algo raro de ver na televisão de hoje, impelida a ser cada vez mais ágil e cheia de reviravoltas.
Em outro episódio digno de nota, mãe (Jamie Lee Curtis) e filha (Abby Elliot) se reconciliam durante um trabalho de parto filmado em tempo real, mas agora com cortes. No momento em que renega o plano sequência, The bear se liberta daquelas obras que a inspiraram para encontrar finalmente sua própria voz e, de quebra, nos dar um dos pontos mais altos da TV em 2024. (AP)✅
The bear: em cartaz no Disney+
Chamada de originais 2024
PROCURAM-SE TRADUTORES
Se você já trabalha com tradução e tem um projeto para colocar adiante ou deseja ingressar no campo da tradução literária, essa é a sua oportunidade.
de Pedro Sasse (vencedor do Prêmio LeBlanc de melhor ficção especulativa 2022) chega Necrológio, uma jornada intensa sobre luto, perdas e solidão em pleno reino dos mortos.
Em sintonia com a tradição do gótico, e em diálogo com referências que vão de A Divina Comédia a Sandman, passando por diversos mitos do pós-morte, este romance fará pensar se você realmente está sozinho enquanto o lê.
O mundo é tão cheio de vida que é quase impossível a gente ficar sozinho. Ela vai brotando de cada frestinha, de calçada rachada, de pote velho na geladeira. Um dia minha mãe estava vendo um documentário sobre fungos que crescem no reator de Chernobyl. Um dos lugares mais tóxicos do mundo, e lá está a vida se espalhando e devorando tudo que encontra em seu caminho, inclusive a radiação. Fungos radiotróficos. Quando a gente morre, só morre mesmo uma parte muito pequena de nós.
Além de Rebeca Andrade, Ana Patrícia e Duda, e Beatriz Souza, quem também merece uma medalha de ouro é a Cazé TV, pela audiência de 127 milhões de views em redes sociais durante os 18 dias de transmissões das Olimpíadas de Paris. Se a Globo que é a Globo atingiu cerca de 140 milhões de views (contando TV aberta, canais a cabo e online), fica cada vez mais difícil negar que o futuro da televisão brasileira passa pela irreverência e visão estratégico-empresarial do Casimiro. Como diriam os gauleses, chapeau! (AP) ✅
Não satisfeito em ser o autor do bárbaro volume de contos Nostalgias Canibais (Âyiné, 2024), o escritor Odorico Leal publica em sua conta do Instagram, de vez em quando e como quem não quer nada, textos ligeiros sobre seu dia a dia. O relato de acontecimentos banais à primeira vista, mas tratados com o rigor de quem sabe das coisas, revela uma visão de mundo particular e bem-humorada na medida - como nessa amostra:
Abri o aplicativo do banco: alguém andou vivendo uma vida às minhas custas. Uma vida modesta. Pagou uma prestação da Faculdade Estácio, no Rio de Janeiro. Pôs quarenta reais de crédito no celular. Comprou qualquer coisa em certa LC Refrigerações — um ventilador, talvez, para a onda de calor. Necessidades imediatas. Brasileiras. Telefono ao banco e bloqueio o cartão. Daqui para frente meu clone, o inquilino da minha vida, terá que se virar sozinho. Talvez conclua ou não o curso na Estácio. No telefone, o atendente me recita as contas na fatura e pergunta se contesto essa ou aquela. Minha vontade é contestar tudo. Gasto demais pedindo comida de fora. (…)
(trecho de O inquilino)
Contrariando a máxima do Barão de Itararé “de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”, até no Instagram é possível encontrar algo de precioso.(AP)✅
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